Maria Judite Ferreira organiza a palestra "À conversa com ... Ricardo Teixeira, Psicologo Clinico", 21 de março de 2018, Auditório E, Instituto Superior de Engenharia do Porto, Porto 

2018-03-06

Maria Judite Ferreira integra a organização da conferência GMEPE/PAHCE 2018, 19 a 24 de março, Porto, Portugal

No âmbito da conferência, o TID, em colaboração com o Biomark, organizará um workshop sobre dispositivos médicos.

Registo Fotográfico:

2018-06-03

Sistema monitoriza remotamente medicação intravenosa administrada

Um investigador do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) desenvolveu um sistema móvel e de baixo custo, que monitoriza e regista a medicação intravenosa administrada aos pacientes, permitindo aos profissionais de saúde aceder a essa informação remotamente.

Em que consiste a inovação?

A tecnologia desenvolvida por Fábio Borges, recém-mestre em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo ISEP, funciona como um apoio e um complemento ao equipamento de administração intravenosa manual, visto que, através da mesma, é possível monitorizar o fluxo administrado ao paciente e comunicá-lo a um servidor, com recurso a um protocolo "wireless" (rede sem fios).

Nesse servidor, existe uma base de dados que regista e armazena as amostras retiradas ao longo do tempo, na qual estão também definidos e identificados os valores de fluxo que deve ser administrado a cada paciente e a margem de erro admissível para cada caso, explicou à Lusa o investigador.

Ao nível do utilizador, existe uma interface gráfica que permite verificar remotamente a ocorrência de valores anómalos, assim como gerir cada dispositivo, adaptando os valores quando necessário, em tempo real, acrescentou.

O sistema permitirá uma "melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados"

"A medicação intravenosa é administrada com frequência pelos profissionais de saúde, sobretudo quando os fármacos não podem ser aplicados por via intramuscular ou subcutânea, ou quando a via oral não é possível", indicou o engenheiro.

Contudo, continuou, apesar da utilização deste tipo de dispositivos ser constante, esta requer cuidados de monitorização permanentes dos fluxos administrados, dos valores registados e do estado do equipamento, o que implica uma alocação intensiva de profissionais de saúde aos pacientes.

Além do auxílio prestado aos cuidadores e profissionais de saúde, este produto possibilita a deteção de anomalias, como é o caso de obstruções e da administração de quantidades fora dos valores previstos.

Desta forma, é possível "reduzir a necessidade de uma vigilância intensiva e física por parte dos cuidadores, resultando, assim, numa melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados", contou o engenheiro.

De acordo com o investigador, a utilização de tecnologias de baixo custo permite atingir um maior número de pacientes que necessitem deste tipo de cuidados, sem comprometer a qualidade e eficiência do produto.

Fábio Borges acredita que este projeto pode dar origem a uma linha de produtos, visto que, para além da monitorização da medicação pela via intravenosa, pode ser adaptado para uma monitorização regular da temperatura corporal ou da oximetria (quantidade de oxigénio transportado na circulação sanguínea), por exemplo, bastando para isso alterar o sensor em causa.

Estado do projeto

Os resultados deste projeto, desenvolvido no centro de prestação de serviços do ISEP-TID (Tecnologia, Investigação e Desenvolvimento), estão a ser validados junto de unidades de saúde, estando o responsável a desenvolver uma aplicação móvel para consulta dos registos.

www.jn.pt
www.tsf.pt
www.nticiasaominuto.com
www.jornalmedico.pt
www.atlasdasaude.pt
www.pt.cision.com
Diário de Leiria
Correio da Manhã

Avaliar a possibilidade de redução do consumo energético continua a ser uma tarefa difícil. Filipe Ramos, estudante do ISEP, pretende contrariar esta tendência, oferecendo às pessoas um sistema que permita a monitorização em tempo útil dos gastos. Apesar de não ser ainda comercializado, o projeto distingue-se das soluções que o mercado oferece.

O trabalho foi desenvolvido no âmbito do Mestrado em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia e em parceria com o Centro de Tecnologia, Investigação e Desenvolvimento do ISEP (TID). Além da vontade de ajudar as pessoas a perceberem quando, quanto e como é consumida a energia, Filipe Ramos pretende ir mais longe: “O crescimento acelerado do consumo de recursos levanta questões ao nível da existência dos mesmos para as gerações futuras.” Assim, objetiva-se a poupança no valor das faturas e a diminuição do desperdício energético. 

Neste contexto, o estudante do ISEP implementou um sistema de energia embebido numa tomada, concebido para o ambiente doméstico, que permite ao utilizador a possibilidade de atuação remota ou programada da mesma. “O equipamento desenhado prevê-se de baixo custo em detrimento de uma alta precisão. A solução necessita de uma ligação wi-fi, para se ligar a uma nuvem, funcionado segundo o princípio da Internet das coisas [IoT]”, explica o autor do projeto. 

Desta forma, uma das vantagens que o sistema oferece é a pertinência de permitir a sua utilização em qualquer lugar. Tarefas como o acesso aos dados, definições de proteções e atuação passam a estar apenas dependentes de ligação à Internet. Outra mais-valia do projeto de Filipe Ramos assenta nas caraterísticas de programação. “É possível desligar-se o equipamento caso seja excedido o valor máximo configurado, ou receber mensagens de texto no telemóvel se o consumo ultrapassar o montante pré-definido”, salienta. 

Este projeto adquire ainda mais relevância devido ao facto de se distinguir das soluções já existentes. De acordo com o agora Mestre em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia, “atualmente têm aparecido no mercado alguns equipamentos deste tipo, mas numa componente global de consumo da instalação, ou então com a capacidade de ligar e desligar equipamentos, sem a possibilidade de verificar o seu consumo”. 

De momento, Filipe Ramos está a utilizar protótipos do projeto na otimização da sua própria habitação. Quanto aos eventuais próximos a dar, para já vai se dedicar ao acompanhamento da introdução da IoT no mercado nacional, visto ser uma vertente que promete bons retornos. No entanto, “outra possibilidade em avaliação é o desenvolvimento de um produto comercial, onde sejam aplicados os conhecimentos adquiridos. Este produto não terá que estar relacionado com o desenvolvido neste trabalho, podendo originar um novo projeto”, acrescenta. 

Sob o título “Sistema de monitorização do consumo de energia”, a dissertação de Mestrado do estudante do ISEP, que foi orientada pelos docentes José Ricardo Puga e Maria Judite Ferreira, obteve a classificação final de 18 valores. Esta é apenas uma de muitas áreas abordadas no âmbito do curso.

Fábio Pereira obteve com distinção o grau de Mestre em Engenharia Eletrotécnica – Sistemas Elétricos de Energia, tendo a sua tese sido avaliada com 19 valores. Esta dissertação foi desenvolvida em parceria com a empresa Energia Simples, perspetivando incentivar a instalação de sistemas solares fotovoltaicos para autoconsumo e reduzir os custos associados à utilização de energia elétrica.

Sob o tema “Modelos de Gestão de Produção e Consumo Distribuído”, cujos trabalhos foram orientados pelos docentes do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) Maria Judite Ferreira e Manuel Azevedo, o estudante desenhou um projeto inovador no âmbito do mercado português. “O modelo sugerido não é praticado em Portugal, sendo baseado noutros praticados nos Estados Unidos e Alemanha, países na vanguarda da exploração dos sistemas solares fotovoltaicos para autoconsumo”, explica Fábio Pereira.

Alguns dos objetivos que nortearam o projeto assentaram no estudo de diversos modelos de negócios associados à implementação de instalação de sistemas solares fotovoltaicos. Assim, e como resultado direto desta pesquisa, foi possível “apresentar um modelo de negócio competitivo e economicamente viável”, conta o mentor do projeto. Como tal, “foi desenvolvida uma ferramenta de cálculo com o propósito de verificar a viabilidade ao nível técnico e económico, quer do ponto de vista da entidade instaladora quer do cliente, considerando a instalação de um sistema solar fotovoltaico para autoconsumo com armazenamento no setor doméstico”, acrescenta.

Desta forma, e para o estudo deste projeto, foram apenas consideradas as tecnologias atuais, em particular as baterias do tipo AGM – habitualmente utilizadas no quotidiano pelos consumidores –, bem como outras que poderão influenciar positivamente a performance do modelo desenhado. Segundo Fábio Pereira, este projeto pode trazer benefícios para o consumidor de energia elétrica: “O modelo tem como principais vantagens poder estar mais independente da rede elétrica e usufruir de todos os proveitos do uso do sistema solar fotovoltaico para autoconsumo, incluindo uma poupança na fatura mensal de energia elétrica.”