Podemos definir a Telegrafia, como sendo a arte de comunicar a grandes distâncias.

No decorrer do séc. XVIII, com os primeiros estudos sobre a eletricidade, a telegrafia foi deveras impulsionada. Para este significativo impulso evolutivo muito contribuiram nomes como Guilherme Gilbert e Otto Guericke.

Em 1729 Gray, físico inglês, fez uma importante descoberta para a aplicação da eletricidade à telegrafia, ao eletrizar um tubo de vidro no qual colocou uma rolha de cortiça, verificou que esta atraía corpos leves.

Em 1774, George Louis La Sage foi o primeiro a realizar a comunicação de notícias à distância por intermédio da eletricidade. Contudo, e apesar da realização de muitos e importantes trabalhos e grandes descobertas, a humanidade teve que aguardar, longo tempo, pelos avanços da imergente ciência elétrica.

Alexandre Volta, que cerca do ano de 1800, acabou por dar o grande passo ao descobrir a pilha elétrica. Esta descoberta valeu-lhe inúmeros prémios e contribuiu, efetivamente, para um importantíssimo avanço na telegrafia, e na própria ciência elétrica.

Mais tarde, entre 1834-35, Morse apresentou à Academia de Ciências de Nova York, o seu sistema telegráfico, baseado nas descobertas de Arago e Ampére sobre a magnetização do ferro macio.

Em 1845 Breguet compôs um novo sistema telegráfico, adotado em França e aplicado inicialmente nas suas linhas de caminhos de ferro. Este sistema viria, também, a ser aplicado em Portugal igualmente nas linhas de caminho de ferro.

Depois da multiplicidade de aperfeiçoamentos e modificações, de engenhosas combinações de mecânica a aplicações subtis dos fenómenos elétricos, muito superiormente estudados, foi o aparelho morse o que maior serviço prestou em Portugal.